Encontramos o que Procuramos!

Temos tendência para encontrar o que estamos à espera de encontrar!

Se soubermos antes da prova o que vamos provar podemos criar falsas expectativas ou induzir em erro a nossa avaliação.

Imagine, por exemplo, que está num almoço de aniversário com alguns amigos num lindo dia de verão. Existe um amigo que está mais esfomeado e assim que a sopa é servida se apressa para começar a comer. Assim que mete a primeira colher à boca diz em voz alta: Atenção, parece-me que a sopa está azeda!

O que acontece depois?

Os amigos, um a um, vão cheirar e provar a sopa e a maioria vai achar que realmente a sopa está azeda e acabam por não a comer. 

Agora imagine que a sopa não estava azeda, apenas levou uma especiaria que lhe deu um sabor para o qual o paladar de quem provou primeiro não estava familiarizado.

E já lhe aconteceu estar à mesa de um restaurante para pedir a refeição e ser influenciado pelos clientes do lado? No tempo de espera entre a sua escolha e o pedido propriamente dito muita coisa pode acontecer. O cliente da mesa do lado manda para trás o bife que estava a pensar pedir. Ou o cliente da mesa da frente reclama que as batatas fritas estão moles e frias. Levantou-se para ir ao WC e apercebe-se que estão a comentar a sopa do dia, os legumes estão crus e está bastante salgada. Justamente a sopa que gosta e que também estava a pensar pedir. O que faz? Pede na mesma a sopa e o bife com batatas fritas?

O mais provável é já ter passado por algo parecido com estas situações.

É por este tipo de influências que em análise sensorial, quando se faz uma degustação, não é fornecida qualquer informação sobre os produtos antes ou durante a prova e nem é permitido falar ou trocar ideias entre provadores. Além disso, as amostras são apresentadas codificadas de forma aleatória.