Porque é que os Alimentos não nos Sabem Sempre ao Mesmo?

Sabia que alguns gostos como o amargo ou o picante podem permanecer horas ou mesmo mais que um dia na boca?

Suponha que vem fazer uma degustação, e lhe é pedido para avaliar um iogurte de aroma de banana. Se for um consumidor frequente do produto faz a prova sem qualquer problema. Pode indicar, por exemplo, se está de acordo com o nível de doçura ou com a intensidade do aroma a banana, se gosta ou desgosta da textura do produto. Até aqui tudo bem, certo?

Mas… e se antes de vir fazer a degustação comer um rebuçado de mentol? E se o produto que lhe é servido para avaliar antes do iogurte for uma mostarda de Dijon? Será que vai avaliar o iogurte da mesma maneira? Será que a sua opinião é a mesma?

Pois, a verdade é que as células recetoras que temos na boca estão sujeitas a saturação e o mais provável é que não avalie o produto sempre da mesma maneira. Existem estudos que referem que existem gostos, como o amargo ou o picante, que podem permanecer horas ou mesmo mais do que um dia na boca.

Assim, temos de ter atenção quando conjugamos os produtos a avaliar numa sessão de prova para que estes interfiram o mínimo possível entre si. É por essa razão numa prova tem sempre água à sua disposição, para que possa beber um pouco entre cada produto de modo a limpar o seu palato.

E quando somos provadores e vamos fazer uma prova, na hora que a antecede, não devemos consumir alimentos que possam alterar o gosto como café, pastilhas e rebuçados, entre outros e até o tabaco que altera não só o nosso gosto como o aroma.